150 Anos de Imigração Italiana no Brasil

17/02/2024

Caro amigo (a),

No momento em que você lê este artigo eu, Luís Molossi, faço um “ritorno” e me vejo aos 15 anos, saindo de minha cidade natal, Nova Bassano-RS, com a coragem já presente em nosso DNA, herança da imigração italiana que ora chega aos 150 anos. Era preciso - e ainda é - enfrentar o novo e construir algo para nos orgulhar.

Minha relação com a comunidade italiana sempre foi muita estreita. Ainda criança era ouvinte interessado de todos os relatos sobre a saga do imigrante e minha primeira língua foi o Talian, uma coiné de dialetos do Vêneto, Lombardia e Trentino, do Norte/Nordeste da Itália, hoje reconhecido como patrimônio imaterial brasileiro desde 2014, que pode ser conferido todos os meses nos artigos publicados no site www.luismolossi.com, nas redes sociais ou pela Revista Insieme – www.insieme.com.br, onde fui articulista mensal por 11 anos, de 2008 a 2019.

Na adolescência assumi meu papel e saí em busca da minha realização como ser humano e membro de uma sociedade em desenvolvimento. Curitiba me acolheu e me ajudou a ser este que hoje se apresenta como advogado atuante, ex-membro do Comites PR/SC 2004-2021, quando foi coordenador do Grupo Jovem 2011/2015, ex-presidente de 2019 a 2021, professor da língua italiana por 5 anos, 2004 a 2008, junto ao CCI PR/SC e ítalo-brasileiro participativo nas mais diversas associações e eventos em prol dos ítalo-descendentes – e em todo o mundo.

v Fiz o segundo grau no Colégio Estadual do Paraná, considerada a melhor escola pública do Estado. Entrei para a Universidade Católica ainda com 17 anos, onde cursei Direito. Ainda no 3º ano da Faculdade, já iniciava minha vida profissional, que pode ser conferida no site www.assessore.com.br.

Sou associado e consultor jurídico do Centro di Cultura Italiana PR/SC (CCI PR/SC) desde 2005, Consultor Vêneto da FAVEP – Federazione delle Associazioni Venete dello Stato del Paranà – confirmado pelo Presidente da Região do Vêneto, Luca Zaia, desde setembro de 2010 e reconfirmado em 2014 até 2025. Atual vice-presidente da Consulta dos Vênetos no Mundo, de 29/03/2021 até 2025, representando mais de 5 milhões de vênetos em todo o mundo, em todos as iniciativas previstas com os recursos previstos no balanço regional para sua manutenção, o que pude constatar, recentemente, em visita às Comunidades Vênetas da Austrália, em Melbourne e Sydney, em 12/2023, motivo de muita alegria, acolhimento, festa, convivência e emoções compartilhadas com nossos novos amigos australianos.

Membro fundador e atual Presidente da Associação ITALINITÀ IN MOVIMENTO (ITMOV) desde 2021, que participou das eleições do COMITES em todo o Brasil, em dezembro de 2021 e das eleições dos membros do CGIE Brasil, em 09 de abril de 2022, com a grande maioria dos membros eleitos nas duas eleições, sem contar as suplências como Deputado ao Parlamento Italiano quando, na eleição de 2022, obtivemos 16.407 importantes e defintivos votos dos nossos eleitores ítalo-sulamericanos.

Em 2021 e 2023 aceitei novos desafios na área da literatura, começando com o livro “Entre os Molossi e o Vinho”, classificado em 4° lugar no Paraná pela Lei Aldir Blanc e com prêmio importante em dinheiro, na sua categoria em 12/2021 e “Cem Anos de Coragem”, biografia em forma de crônicas, divididas em décadas da trajetória do centenário Onório Romano Alberti, lançado em 11/2023, com muita emoção para todos os envolvidos.

O futuro das associações e, porque não dizer do mundo, depende dos JOVENS. É imprescindível apoiar suas iniciativas, responder seus questionamentos e dar condições de materialização de seus objetivos. Com todas as dificuldades e resistências que encontramos, ainda assim temos força e coragem para avançar, discutindo ideias, apresentando projetos em todas as frentes que atuamos, conscientizando e agindo em favor das nossas comunidades, esperando sempre dias melhores.

Chegamos, em fevereiro de 2024, aos 150 Anos da Imigração Italiana no Brasil, embora aqui no Sul do Brasil o marco inicial é 2025, mas já motivo de festa, comemorações e de lançar um olhar aos distantes anos da partida e chegada dos nossos queridos antepassados – os Molossi aqui chegaram em 13/01/1889 – continuando a construir nossa trajetória mas, principalmente, reconhecendo o valor destes nossos corajosos imigrantes que partiram para a desconhecida “Mérica” para, na grande maioria deles, nunca mais voltar.

Nós podemos fazê-lo e, agora e sempre, o faremos quantas vezes for necessário para que esta epopeia não tenha sido em vão.

Luís Molossi

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